quarta-feira, 28 de setembro de 2011

LAURA

A divindade em seus mistérios se fazia
revelando-se, ao casal, os encantos
da vida que muitas vezes aos prantos
pedia, no jardim, luz para iluminar o dia

como se essa fosse de escuridão vazia
e que nada plantaria  - somente acantos
não percebendo que, nos cantos, os cantos
brotariam como flor, arbusto, terapia...

a flor que nesse jardim - plantaria
não era flor do Lácio e nem acanto
mas, sim, o canto de encontros da alegria

que na forma consagrada se prazia
como arbusto louro, Laura e encanto
da vitória, do amor, construído a cada dia

José Marciano Monteiro