Estou lendo este livro docemente,
Assim como leio os olhos de minh’amada.
Que em sonhos a vejo calada
E neste livro a vejo em minha frente
Sei que é um pensamento diferente,
Surgindo, não sei de onde, talvez do nada.
E, que pairando em força reluzente,
Faz-me seguir, em versos, forma cristalizada.
É esta, porém, a imagem que me vem Dela.
Esquentando-me como se fosse uma vela
E que, em palavras claras, a vejo passar.
Sei que minha amada não é Clara nem Leila
Nem tampouco, Aparecida, Daniela ou Sheila.
Mas, sim, Kaline que a vejo brilhar.
(José Marciano Monteiro)
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